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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Profissão perigo



Por "Paca Tatu" e "Cotia Não"


Vamos virar matadores de aluguel ou putas, na boa! Que “caraleoooooo” como diria nossa querida amiga Cissa, que hoje mora longe. A gente se esforça, estuda (ops, fingi que acredita, vai...), trabalhamos igual uns condenados e nada de sermos valorizados.

Alias, acho que sempre fomos um pouco puta desde que começamos a trabalhar como jornalistas.

Para e pensa. Nós trabalhamos com pessoas, as putas também. Oferecemos entretenimento, as putas também. Mantemos uma distância profissional de nossos consumidores, as putas também. Acho que as únicas diferenças é que todos os dias tomamos no cú e ganhamos pouco e elas nem sempre, e quando tomam, cobram mais caro.

Desculpe se alguém que nos lê se sinta ofendido, ou melhor, ofendida, mas é a realidade. Não estamos desmerecendo a profissão de ninguém não, mas convenhamos, pra ser puta não é preciso estudar, fazer cursos, saber ler, escrever, conversar é preciso saber apenas dar. Será que é difícil?

Aiiiiiiiiii!

Melhor tentar o assassino de aluguel. Pelo menos nos filmes ele andam sempre bem acompanhados (quase sempre por elas – as putas), de carrões, possuem o que há de mais moderno em tecnologia e matam quase sempre ladrões, bandidos e gente do mau.

Podíamos até fazer a chacina dos editores e chefes de redações do Triângulo, se bem que eles nem sempre são os culpados. Então, morte aos patrões. Ops, que discurso mais petista. To fora.

Mas não podemos desanimar, tem tanto bandido em Uberlândia que podíamos ficar ricos. Dá pra matar pelo menos uns cinco por dia, durante um ano, e ainda vai sobrar gente pra matar depois das merecidas férias.

Ah, quase nos esquecemos de falar da nossa marca registrada, por que num é possível que batalhamos tanto pra nada. Imagina, matar por matar, sem ficar conhecido. Estudamos pra isso, queremos estar na mídia, de um jeito ou de outro.

Acho que a melhor marca seria um J maiúsculo e um L também maiúsculo, iniciais de Jornalistas Losers, o que sempre seremos.

KKKKKKKKKKKKKKK ridículo sabemos, mas foi o que saiu.

Como diria nosso amigo Gabriel Pensador... “Essa é a dança do desempregado quem ainda não danço ta na hora de aprende...”

Abraços e até qualquer dia!

P.s. Meninas desempregadas do meu Brasil Varonil, a gente num Dá pro negocio, mas pelo amor de Deus, trabalhemmmm!!!

P.s. 2. O que desanima é andar de carro mil e ver uma puta saindo do serviço de Astra Zero Bala...

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Em algum lugar do passado

Por Rafael Guimarães

Nós somos estranhos! Em algum momento, ou melhor, em alguns momentos sentimos necessidade de fazermos um balanço de nossas vidas.

Analisamos o que fizemos, o que deixamos de fazer e fantasiamos como seriam nossas vidas se tivéssemos tomado outros caminhos.

Nestas situações costumamos colocar em xeque o presente, critica-lo sem pensar que ele é fruto de todas as escolhas que fizemos no passado e que um passo em falso agora, pode comprometer o nosso futuro.

O mais estranho é que nesses momentos só conseguimos lembrar de coisas que não foram tão bacanas.

Ninguém consegue mudar o passado (conforme-se), mas é preciso aprender com o que fizemos.

No embalo de pensar no que passou, percebi que não trocaria meu presente por nenhuma outra possibilidade.

Percebi que algumas vezes eu estava na hora certa e no lugar certo, mas que mesmo nessas ocasiões precisei dar o melhor de mim.

Percebi que fui abençoado por Deus, por ter colocado sempre em meu caminho amigos fiéis e compreensivos.

Percebi que apesar da pouca idade, adquiri muito mais experiência profissional e de vida que muitos cinquentões por ai.

Percebi que tive os melhores pais do mundo, que fizeram de tudo pra me dar o melhor.

Percebi que para ser amado é preciso primeiro se amar e que nada é mais importante do que isso.

Percebi que um simples sorriso pode mudar a vida de uma pessoa.

Percebi que por mais que o mundo insista que é preciso parar, se você tem uma boa idéia, siga em frente e não tenha medo de fracassar.

Percebi que o mais legal da vida é não saber como será o amanhã, e que sou um sonhador que acorda todos os dias com um frio na barriga de pensar como será o meu dia.

Percebi que a tristeza é passageira e que a maioria dos amores também é.

Percebi que muita gente passou pela minha vida e que cada uma dessas pessoas faz parte do que sou.

Percebi que ninguém muda ninguém, e que ao contrário do cinema amores não correspondidos existem sim e doem no fundo do peito.

Percebi que às vezes fui agressivo para ganhar um abraço, mas que nem sempre a tática funcionou.

Percebi que em alguns momentos fui desonesto com meus sentimentos e me machuquei.

Percebi que “no jogo da sedução” não vale tudo, e é preciso saber a hora de sair de cena.

Percebi que falar muito pode atrapalhar, mas é preciso ter opinião em certos momentos.

Percebi que nunca mais devo magoar as pessoas por caprichos meus, mas não devo julgar quem já me magoou.

Percebi que os melhores lugares no mundo são minha casa e meu carro.

Mas o mais importante é que aprendi com todos os erros e acertos que tive e posso falar “de cadeira”, eu amo minha vida, amo meu passado, amo meu presente e estou ansioso pelo meu futuro.

Bem vindo à realidade,

Por Rafael Guimarães e Janaína Sorna

Você já se sentiu preso dentro de algum lugar que te incomodasse? Pois bem, é assim que me sinto ultimamente... Não me pergunte o motivo, pois sinceramente não sei... Minha única certeza é que não importa onde eu esteja, continuarei assim!

Às vezes penso que estou preso dentro de mim (e eu sei que isso é estranho, mas independe da minha vontade), deito na cama, respiro e vejo meu peito e minha mente dobrarem de tamanho, gerando angústia, pensamentos ruins e me fazendo sentir o pior ser do planeta Terra.
Rezo, peço a Deus que tire isso de mim, mas nada acontece. Me faltaria fé? Ou me sobraria pessimismo?
Nada está como eu gostaria que estivesse. Minhas roupas não me agradam, minha casa não me agrada, o espelho não reflete o que me agradaria, a comida não me agrada, minha família não me agrada. A única coisa que me deixa aliviado é dirigir.
Sabe aquela sensação bacana de sentir o vento no seu rosto, de ver que tudo que é banal ficou para trás e o que realmente importa é continuar na longa estrada para chegar a lugar nenhum, com sina incerta? Ô vontade de estar num lugar desconhecido, andando por aí, sem rumo, sem destino!
Agora – por exemplo - eu queria que alguém me explicasse algumas coisas, me explicasse a razão de me sentir assim, tão vazio e tão cheio. Por que nunca temos as respostas para nada? Por que nos sentimos frágeis quando estamos sós? Como eu queria ter a atenção de alguém especial mais uma vez, dormir abraçado, chupar bala de banana, tomar banho de chuva, chorar de rir, sentir cheiro de grama recém cortada, correr descalço pela casa da avó, ganhar um abraço apertado (acompanhado de um “saudade de você!”), comer manga lambuzando a cara e ter o prazer de possuir trilha sonora em cada momento de minha vida.
Por que quando notamos que tudo que acreditamos começa a desmoronar é que nos vemos obrigados a ficar nostálgicos inconscientemente? Porque nos lembramos de bons momentos que passamos em nossas vidas querendo que eles se tornem eternos? Seria uma doce ilusão? Um grito de desespero que nos relembra que “o pra sempre, sempre acaba” e a conseqüência disso é o sentimento de impotência?
Nunca estamos satisfeitos com o agora. Queremos sempre o passado. E não importa se somos os mais cobiçados, os mais atraentes, os mais inteligentes, os mais amigos, os mais queridos. Em algum momento passamos por esta maré de nostalgia dolorosa e começamos a perceber que não somos absolutamente NADA para nós mesmos.
Um dia acordamos e percebemos que estamos presos dentro de um corpo vagando pelo espaço, inerte, sem vida, sem sentido. Um corpo que trabalha, estuda, se forma, namora, se casa, tem filhos, mas que não sabe o pra quê, ou o porquê dessa rotina tola. E olhamos para trás, percebendo que pouca coisa teve um significado especial nessa vida.
Pense... Quantas vezes você arrumou tempo pra dizer pra alguém que você a ama, num dia de cão, depois de enfrentar a fúria do seu chefe e de um banco que insiste em alegar que você está negativo?
Quantas vezes você já magoou alguém com o seu jeito de falar? Quantos sorrisos sinceros você conseguiu? Quantos beijos apaixonados você ganhou? E quantos você perdeu? Quantas noites mal dormidas você teve? Quantas canções você dedicou? Quantas você recebeu? Quantas festas você foi? Quantas festas realmente valeram à pena? Quantos amigos você fez? Quantos você perdeu? E Quantas pessoas você fez feliz? Por quanto tempo?
Muitas são as perguntas e poucas as repostas. Até porque, preferimos acreditar que nosso crédito é eternamente positivo. Preferimos pensar que fizemos mais coisas boas do que coisas que consideramos ruins.
Acho que temos medo de tentar ser feliz! Preferimos pisar num terreno conhecido, que nos traga um bom sentimento imediato, do que enfrentarmos um terreno acidentado, que nos traga um sentimento duradouro.
Depois de tanta ladainha e de palavras que podem ser desnecessárias para você, chego a uma conclusão um tanto óbvia, que não precisa de soluções matemáticas nem de conselhos filosóficos: Somos covardes! Covardes com nós mesmos! Covardes com os outros!
Pare para pensar... talvez essa covardia seja o motivo de estarmos presos nessa armadilha sufocante, seja o grilhão que nos mantém cativos a esta prisão.
Então talvez seja melhor admitir... você também é um detento, como eu, como qualquer ser humano insatisfeito com a realidade que vive, com o caminho que trilha, com os ponteiros do relógio que marcam o transcorrer desse caminho mortificante.
Bem- vindo ao mundo real!